Objetivo da rede de comunicação colaborativa é
dar visibilidade à luta pela integração latino-americana
A Rede ComunicaSul – comunicação colaborativa –
estará acompanhando as eleições presidenciais que acontecem no próximo dia 17
de fevereiro no Equador. Já participaram de iniciativas da ComunicaSul
profissionais do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, dos jornais
Brasil de Fato e Hora do Povo, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da TV
Comunitária de Florianópolis e do portal Vermelho, entre outros meios
alternativos, sempre visando dar maior visibilidade à integração em curso na
América Latina.
Na avaliação
dos comunicadores, o processo integracionista está sendo materializado por
governos como o equatoriano, liderado pelo presidente Rafael Correa, que vêm
virando a página de submissão aos ditames de Washington e construído
alternativas ao neoliberalismo.
CONSTRUÇÃO
COLETIVA -A exemplo do que realizaram durante a cobertura
eleitoral na Venezuela, em outubro do ano passado, e na disputa em torno à
aplicação da Lei de Meios na Argentina, em dezembro, os jornalistas e
radialistas da Rede ComunicaSul somarão esforços para disponibilizar gratuitamente
textos, fotos e vídeos, com vistas a furar o bloqueio desinformativo dos
grandes conglomerados privados de comunicação.
A
coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e
secretária nacional de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, saúda a iniciativa:
“é preciso agir coletivamente para potencializar energias e fazer com que a
nossa pauta chegue ao conjunto da sociedade”. Afinal, ressaltou, “vivemos um
momento extremamente rico de construção de projetos nacionais que se contrapõem
ao neoliberalismo, mas que, pelos vínculos da velha mídia com este receituário
falido, ainda permanecem desconhecidos do grande público”. “A ação integrada e
colaborativa do ComunicaSul atua para furar este bloqueio”, frisou Rosane
Bertotti.
Conforme o
jornalista Caio Teixeira, diretor de programação da TV Comunitária de
Florianópolis, “o fundamental da iniciativa é conseguir fornecer aos
brasileiros uma informação alternativa, diferente daquela que é manipulada pela
mídia, mostrando a realidade dos nossos países”. O fundamental, sublinha Caio,
“é fazer um contraponto à mídia manipulada pelos interesses comerciais das
grandes empresas”.
SOBERANIA E
DESENVOLVIMENTO -Em sua gestão, lembram os comunicadores, o
candidato do Movimento Pátria Altiva e Soberana (PAIS) à reeleição, Rafael
Correa, consolidou um projeto de desenvolvimento nacional inclusivo com
valorização dos salários e ampliação de direitos, reduziu o desemprego a menor
taxa da história (4,8%), realizou uma auditoria que reduziu drasticamente a
dívida externa, promoveu uma política de integração regional com a participação
em blocos - como a Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América
(Alba), a União de Nações Sul-americanas (Unasul) e a Comunidade de Estados
Latino-americanos e Caribenhos (Celac) -, fechou a base militar aérea dos
Estados Unidos em Manta e deu asilo ao jornalista australiano Julian Assange,
fundador do WikiLeaks, na embaixada do Equador em Londres, entre outras
importantes ações que afrontaram o receituário de Washington.
“Mais do que
uma rica trajetória, há uma bela história para ser contada pelos próprios
sujeitos do processo, pelo próprio povo equatoriano. Infelizmente temos no
Brasil um latifúndio midiota que cerceia a livre circulação de ideias,
espalhando desinformação e preconceito contra os países latino-americanos para
perpetuar sua visão colonizada, impregnada pela lógica dos anúncios das
multinacionais e do sistema financeiro”, declarou Leonardo Severo, editor do
site da CUT Nacional e redator especial do Hora do Povo.
Para Felipe
Bianchi, do Barão de Itararé, “o compromisso desta cobertura é justamente
transformar o Equador em notícia no Brasil, mostrar jornalisticamente o por
quê, as razões pelas quais o processo está avançando, trazendo estes números para
o conhecimento da população”. “Na verdade existe uma oposição sistemática da
mídia ao processo de integração, que vira as costas para o Equador em todos os
sentidos. Neste sentido, a comunicação colaborativa é fundamental tanto para
viabilizar a cobertura, com a soma de experiências, como também pelo fato da
convergência midiática, juntando forças para o que os conteúdos multimídia
possam ser utilizados por diferentes veículos”.
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