Pensatempo: Povo líbio rechaça invasores e retoma mais três cidades

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Povo líbio rechaça invasores e retoma mais três cidades


Após libertar Bani Walid dos mercenários e colaboracionistas dos EUA/Otan, resistência recupera Warchafana, Sabha e Tarhouna
 
Após a retomada de Bani Walid das mãos dos colaboracionistas e mercenários dos EUA/Otan, a bandeira verde, símbolo da independência nacional líbia e da revolução liderada pelo líder Muamar Kadaffi, também voltou a tremular nas cidades de Warchafana, Sabha e Tarhouna.

O crescente rechaço da população contra os entreguistas do Conselho “Nacional” de Transição (CNT) está sendo reconhecido até mesmo pelas agências internacionais – comprometidas até a medula com a política de sangue por petróleo – como a britânica Reuters e as estadunidenses Fox News e CNN.

Conforme o doutor Yusuf Shakir, um dos líderes da resistência, em Bani Walid todo o batalhão de mercenários “28 de maio”, organizado pelos EUA-Otan,  foi feito prisioneiro por civis e membros da tribo de Rafla na semana passada, tendo sido capturados dez veículos com armamento pesado, um conjunto de tanques e um ultra moderno equipamento de comunicação estadunidense.

LEVANTES


Além destas cidades, há informações sobre manifestações e levantes populares recentes no sul da Líbia, na própria capital, Trípoli, e em Benghazi, tida como berço da contrarrevolução, onde há subúrbios como Alkwyfah e Khalifa Sidi quase inteiramente liberados.
O número de mortos e feridos na capital é indefinido, com a repulsa ao CNT sendo cada vez mais sentida. Até membros de setores reacionários, como o da “Revolução” de 17 de Fevereiro – data do início dos protestos em Benghazi contra Kadaffi – acabaram se unindo aos combatentes kadafistas da Resistência Verde numa frente comum contra os mercenários do CNT, acusados como responsáveis pela “destruição da Líbia” e pelos criminosos bombardeios que deixaram mais de cem mil mortos desde o início da invasão.
Diante do agravamento da crise, do avanço das forças nacionalistas e das disputas intestinas pelo butim entre os assaltantes, o governo dos Estados Unidos decidiu enviar mais 12 mil militares ianques para tentar dar “estabilidade” à sangria do petróleo líbio.

OCUPAÇÃO

Além da forte presença militar ianque nas cidades portuárias – e ricamente petrolíferas - de Al Brega e Ras Lanuf, o Pentágono está instalando uma base em Wau Al Kebir (900 quilômetros ao sudeste de Trípoli e a 240 quilômetros ao norte da fronteira com o Chade) muito próxima de Wau an Namus, quase na fronteira com o Chade e ao noreste da fronteira com o Níger.

Mesmo pelas notícias filtradas das agências internacionais, o Pentágono tem muito com o que se preocupar. Na cidade de Misrata, localizada 200 quilômetros a leste de Trípoli, os combatentes da Resistência Verde da célula “Thaer Sirte” e dos batalhões “Almazara” e “Elrassifa” emboscaram uma tropa que se deslocava a Bani Walid. Na ação, foram abatidos 40 mercenários de várias nacionalidades, e destruídos 14 veículos com armamento pesado. Após a ação, a resistência lançou um novo comunicado, conclamando a unidade de todas as tribos para varrer os invasores do país.

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